LINHA 1 – CINEMA, LINGUAGEM E RELAÇÕES ESTÉTICAS
Tem como escopo o estudo de referenciais ideológicos e teóricos que histórica e epistemologicamente vêm orientando o cinema enquanto um campo político e cultural, bem como científico e filosófico, em que são investigados e experimentados modos artísticos pelos quais a linguagem e suas multimodalidades audiovisuais são capazes de produzir sensações, sentimentos, sentidos e pensamentos subjetivos e intersubjetivos, privados e públicos, a partir de suas condições objetivas de produção dos fenômenos estéticos com base em suas estruturas contemporâneas de tecnologia e de sociedade.
O intento é nortear pesquisas que investiguem a cadeia produtiva do cinema e suas estratégias efetivas em articular ideologia, teoria e tecnologia na criação e reconhecimento de representações e signos apropriados para implicar em grupos sociais sentimentos como riso, choro, indignação, alegria, tristeza, medo etc., assim como volições conservadoras ou transformadoras da natureza e da sociedade.
LINHA 2 – CINEMA E NARRATIVAS DO CONTEMPORÂNEO
Aborda produções, estudos e investigações acerca dos fenômenos sociais contemporâneos relacionados à presença e atuação do cinema na sociedade. No contexto da tecnologia digital, aborda produções, estudos e investigações a partir das transformações de concepções teórico-metodológicas e político-econômicas relativas à idealização, produção, distribuição e recepção fílmica. Desse modo, promove registro e reflexão das diferentes maneiras de experimentar, perceber e ressignificar conteúdos e formatos audiovisuais, cuja base, em termos de linguagem, é o cinema.
Contempla um diálogo entre anteriores e atuais tendências das narrativas cinematográficas, com foco em seus processos de transformações a partir de investigações voltadas aos impactos das novas mídias sobre a linguagem audiovisual, análise fílmica, meios de produção, gestão, difusão e seus recursos multimídia complementares e convergentes bem como as implicações surgidas pela utilização de dispositivos móveis e suas ferramentas, visando abarcar toda a cadeia produtiva do cinema contemporâneo. O escopo ainda compreende uma reflexão entre as semelhanças, distinções e interações referentes às filmografias nacionais e internacionais comerciais críticas ou não da sociedade moderna e aquelas resultantes da apropriação do cinema por quilombos, indígenas, sem terras, sem tetos, moradores de periferia e tantos outros grupos sociais não hegemônicos que vêm buscando novas possibilidades de construção de identidades mediante estratégias de representação e significação.